quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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Existem coisas que se tornam realmente difíceis quando se ama alguém. Pensar é uma delas. Este deixa de ser um verbo intransitivo para ser transitivo entre o eu e o nós. Outra das coisas mais difíceis é ser: Sem um com um pedaço fora... Ser do outro sem se perder de si mesmo... Ser aos outros e ser ao outro...
Quem sabe tudo isso seja apenas delírio de uma mente transformada do dia pra noite em brilhante, que consegue a partir de um conjunto de equações desconhecidas transformar as expressões 1+1=1 e 2=1 em verdadeiras
Números, formas, cores e nomes se confundem num mar de sensações desconhecidas, novas. Tentamos entender, controlar, explicar... Mas são esforços vãos.
Tantos números e verbos tornam-se complexos diante da simplicidade de coisas como estar próximo, dedicar-se ao outro... E ainda mais diante daquilo que não pede explicações, Da mais simples e fácil de todas as coisas: AMAR!
Hoje, amo e a cada dia aprendo a lidar com as dificuldades que isso me traz, mas acima de tudo adoro a simplicidade que encontro em tal ato!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Antigo...

Momentos de silêncio, quebrados por risos, palavras por vezes doces... vontade de ficar.
Hoje sinto que encontrei o que muitos almejam. A cada dia aprendo a lidar com isso. Fácil? nem sempre. Confuso? Muito! Porém é a confusão mais clara da minha vida. Meus sentimentos dançam em minha mente, entorpecidos por uma nova música que invade meus sentidos.
Sinto-me desligar do mundo, essa melodia silenciosa faz-me esquecer tudo... problemas, dúvidas, ansiedades... Nada importa. Nada me atinge. Em nosso mundo temos uma cúpula.
Nada mais é só meu... Nosso mundo!
padrões de sentimento e comportamento não ultrapassam nossa proteção, mas a quem disse que o amor e a felicidade seguem padrões, desejo boa sorte!
"Não, não digo "pra sempre", pois como um dia alguém disse," o pra sempre sempre acaba", porém digo sem medo de errar: AMO!



Faz tanto tempo q escrevi este... Tudo era diferente... Mas muita coisa ainda vale...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vozes


Enquanto uns exaltam uma liberdade acorrentada a valores distorcidos, outros distorcem valores a procura de uma liberdade que está tão próxima deles que estes, por hora, insanos, não podem enxergar.

Uma tempestade de vozes ecoa em minha mente, vozes que gritam silenciosamente por algo que sempre tiveram, vozes que sussurram aos berros por algo que crêem ter, mas nem ao menos sabem qual é a cor daquilo que exaltam.

Dentre tantas vozes, uma se destaca. Esta voz mansa e suave, usa de frases curtas e não deixa que a minha própria se misture ao caos e a degradação.

Você não é assim...

Cuida do teu...

Qual o sentido disso?

Quem dera as vozes que hoje ecoam, ouvissem os grilos falantes que estão sempre em seus ombros... Ou será que estes grilos já foram mortos e amordaçados numas esquina qualquer?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Escuridão



Rostos, vozes, toques, olhares jogados a esmo. Necessários por breves momentos, tornam-se insignificantes ao fechar dos olhos.
Escuridão. Ausência de luz que traz à lembrança, o toque, a pele, o cheiro, a sensação. Sensação de estar preso a uma liberdade sem fim. Um isolamento povoado pelo necessário. O silêncio que rodeia o refugio, grita coisas que o mundo não entende. O cuidado explícito, não seria percebido nem pelo olhar mais atento daqueles que ousam julgar.
Ter, ser, estar. Sempre conjugados na 1º pessoa do plural, sempre conjugados num breve espaço de tempo numa mesma ação, ação de corpos imóveis, de mentes que vagam pelo tempo e espaço sem ultrapassar os limites entre os corpos inertes.
A claridade traz as cores, os rostos, as vozes e olhares. Novamente os dois corpos são dois, e cada alma só tem sua própria casa. A luz traz a saudade das pupilas dilatadas, da ausência do temor, da presença, do suor. E a cada fechar de olhos é na escuridão que se encontra o refugio da mente. Refugio da luz que cega, desvia e desnorteia.